Minas deve enfrentar um déficit de até R$ 4,6 bilhões nas arrecadações de ICMS em 2020

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Comercio Minas Gerais mercado
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Co-Working em Ouro Fino

De acordo com estudo feito pela Fundação João Pinheiro (FJP) divulgado nesta quarta feira (13), Minas deve deixar de arrecadar até R$4,6 bilhões em Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) neste ano, devido à crise causada pela pandemia da Covid-19. Para comparação, a folha salarial do Estado é de aproximadamente R$2,5 bilhões mensais, o que dá R$30 bilhões anuais.

Pensando em um cenário positivo, o levantamento aponta que, o Estado iria ter uma queda de arrecadação de R$2,025 bilhões, segundo cálculos feitos a partir de dados obtidos de 2007 a 2019. No ano passado, Por exemplo, Minas arrecadou em torno de R$51 bilhões em ICMS.

Segundo o técnico da FJP, Lúcio Otávio Barbosa “tanto a indústria quanto o comércio tem uma sensibilidade relevante quanto à queda do Produto Interno Bruto (PIB). O mesmo já não ocorre com os setores de energia e saneamento, por exemplo, já que as pessoas não vão deixar de consumir esses produtos”.

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Parcela de contribuição de cada setor com o ICMS em MG:

Indústria de transformação: 43,24%
Comércio: 30,25%
Energia e saneamento: 14,29%
Demais setores: 6,63%
Indústria Extrativa: 3,37%
Transportes: 1,62%
Agropecuária: 0,42%
Construção: 0,19%

Barboza afirma que, se o cenário econômico continuar do jeito que está, os resultados serão realmente os piores possíveis. “O cenário deve ser o mais negativo mesmo. O problema é que 25% do ICMS vai para os municípios, ou seja, aquelas cidades que dependem muito do comércio, por exemplo, vão sofrer mais com essas retração”, esclareceu.

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