Dia do Homem: saiba como prevenir ou evitar problemas de saúde

0
Homens procuram menos ajuda médica do que as mulheres. | Imagem: Divulgação
Co-Working em Ouro Fino

Hoje, 15 de julho, é o Dia do Homem, data instituída no Brasil, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), para promoção de questões da saúde masculina. Muitos deles (46%) só procuram ajuda médica quando sentem algo, segundo uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O levantamento feito com homens acima de 40 anos mostra, no entanto, que metade tem ansiedade quando pensa sobre sua própria saúde. Como fazer exames de prevenção pode ajudar a diminuir essa preocupação, além de evitar problemas de saúde?

Primeiro de tudo, é preciso destacar que os exames preventivos vão além daqueles relacionados à próstata. Segundo a diretora de comunicação da SBU, Karin Anzolch, após os 40 anos é importante adicionar à rotina exames cardiológicos, exames de visão e da pele, ultrassonografia, como também fazer o check-up anual, o que inclui o monitoramento da pressão arterial, além da realização de exames laboratoriais regularmente para monitorar índices de glicose, colesterol e triglicérides, por exemplo.

Karin alerta: “é essencial procurar ajuda antes de sentir sintomas, porque muitas doenças e condições são inicialmente silenciosas. Ou seja, se formos aguardar o quadro sintomático, é bem possível que tenham passado da fase inicial, aquela que é mais curável e tem a menor chance de sequelas.”

Assine o Observatório de Ouro Fino

Há também a HPB (Hiperplasia Prostática Benigna), que costuma evoluir lentamente, sendo associada à idade, trazendo a possibilidade de desencadear uma retenção urinária aguda “onde o indivíduo pode ter que parar em uma emergência para colocar uma sonda pela uretra por não conseguir urinar”, afirma Karin.

A especialista ainda ressalta: “muitos homens não querem fazer exames com a justificativa de ‘quem procura acha’, como coisa que se pudesse ficar mais tranquilo negando o que possa estar acontecendo, arriscando a ser surpreendido a todo o momento por alguma coisa que não tinha ideia que estava acontecendo. Então, fazer exames periódicos sem dúvida deixará o homem mais tranquilo, à medida que proporcionará a ele um melhor conhecimento de si.”

Falta de condicionamento físico

Um dos principais sintomas que determinam se a pessoa precisa procurar ajuda ou mudar o estilo de vida é a falta de condicionamento físico, causada principalmente pelo sedentarismo. O cardiologista e membro do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Ricardo Pavanello explica: “a falta de exercício leva ao ‘descondicionamento físico’, ou seja, a incapacidade do coração ou do aparelho circulatório de responder às demandas gradativamente maiores quando se pratica uma atividade física”.

Para o endocrinologista do Hospital Albert Einstein, Paulo Rosenbaun, a falta de tempo gerada pelo trabalho e mobilidade urbana, além da ausência de locais adequados para prática de exercícios físicos nas cidades contribui para a falta de condicionamento e “colabora com o sedentarismo da população”.

É indicada a prática de exercícios, sobretudo aeróbicos, para recuperar o condicionamento, supervisionados por um profissional especializado que monitore as condições corporais, para que o processo aconteça gradativamente e não ofereça riscos de infarto, por exemplo.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica por semana para adultos, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

Melhorar a qualidade do sono e evitar apneia

O uso de telas em excesso antes de dormir pode prejudicar o sono, tanto de pessoas magras, quanto aquelas que estão acima do peso, o que afeta substancialmente a qualidade do cotidiano das pessoas e pode estar relacionado ao cansaço crônico, segundo Rosenbaun. Ele alerta que, em geral, a população está dormindo cada vez menos.

O médico pontua:”a partir do momento em que acontece o pôr-do-sol e o dia apresenta menor luminosidade, a produção de melatonina é estimulada pela glândula pineal. O uso de telas afeta essa produção. Existe toda uma orientação para higiene do sono: a pessoa desligar o celular, parar de ver TV e relaxar.”

Pavanello explica que um sono em dia precisa conciliar um equilibro entre corpo e mente e explica que problemas emocionais, como ansiedade e depressão, podem contribuir com a insônia. Ele ressalta que apneia obstrutiva do sono (distúrbio que faz com que a pessoa pare de respirar uma ou mais vezes ao longo de uma única noite de sono), que afeta proporcionalmente mais homens do que mulheres, por exemplo, pode atingir até mesmo quem está abaixo do peso e tenha algumas características específicas na parte superior do aparelho respiratório, mandíbula e/ou arcada dentária. O diagnóstico deve ser feito pela Polissonografia e o tratamento varia de caso para de caso para caso.

Fonte: SBT News

AnteriorIpsemg alerta para a obrigatoriedade da prova de vida
PróximoTestemunhas de Jeová realizam Congresso Anual 2024 com o tema: ‘Declare as Boas Novas!’