Conheça um pouco mais sobre o Coaching Vocacional

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Co-Working em Ouro Fino

Quando se chega na adolescência muitos jovens se encontram perdidos em escolher que caminho trilhar. É um momento difícil, onde se passa muita coisa na cabeça dos jovens. Uma das dúvidas mais frequentes é, que profissão seguir? Que faculdade cursar?

Conversamos um pouco com a ouro-finense, Rachel Matos, Orientadora e Coaching Vocacional, e ela nos contou um pouquinho sobre um novo método que ajudará muitos jovens a se descobrirem profissionalmente e acabarem de vez com as duvidas sobre o futuro.

Confira abaixo a entrevista exclusiva:

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Rachel, nos conte um pouco de sua trajetória profissional

”Eu me formei em Psicologia pela PUC de São Paulo, fiz Pós-Graduação em Psicopedagogia pela Universidade Católica de Brasília e formação em Coaching de Vida e Profissional pela Sociedade Latino Americana de Coaching em São Paulo. Atuo na área da educação há 14 anos, em cargos de gestão, em programas de desenvolvimento de crianças, jovens e formação de educadores. Em São Paulo, atuei por 10 anos e no Japão por 4 anos. No Japão desenvolvi um programa de apoio às famílias brasileiras que lá vivem e, hoje, eu ainda sou autora de uma coluna de educação da Revista local chamada Super Vitrine.”

Como foi a sua experiência em morar no Japão? Um País com uma cultura tão diferente da nossa aqui no Brasil. Foi difícil a adaptação?

”Morar no Japão me trouxe muitas aprendizagens. A cultura de educação e organização me ensinou que é possível viver em sociedade e progredir rapidamente com respeito, extraindo de cada cidadão a responsabilidade de cuidar do seu entorno e das pessoas à sua volta. A corresponsabilidade de cada um em manter a ordem e a boa convivência é vivenciada por cada pessoa que vive naquela atmosfera. Eu pude viver na prática aquilo que a maioria dos professores tentam ensinar aos alunos sobre cidadania, mas infelizmente ainda não é a realidade do Brasil. Sim…a adaptação não foi fácil. A outra face da moeda nesta experiência diz respeito à dificuldade de inclusão, de integração. O japonês é fechado, introvertido, não faz amizade fácil, sobretudo com estrangeiros. Outra dificuldade refere-se ao sistema rígido que unifica as pessoas e não respeita à pluralidade do ser humano. Nas escolas, as crianças estrangeiras, sobretudo, sofrem muito por serem “diferente”, não só na fala e nas características corporais, mas no comportamento, no jeito de ser. Lá não pode usar brinco na escola, fazer tatuagem, falar ou dar risada em tons diferentes, questionar o professor. A regra é obedecer. E isso se reflete na vida adulta, no ambiente de trabalho, na ordem social. Há pontos positivos nisso, mas também há um desequilíbrio que é o alto nível de sofrimento e depressão dos adultos.

Rachel Matos

Nós tínhamos que nos adaptar ao jeito de ser japonês para poder viver bem e ser aceito na comunidade em todos os ambientes: filhos na escola e nós no trabalho. Mas foi uma escolha momentânea e com ela aprendemos muitas coisas boas.”

Hoje em dia, muitos jovens tem uma tremenda dificuldade em decidir o que fazer no futuro. Tanto em escolher sua faculdade e profissão que deseja seguir em sua vida, no que o Coaching vocacional pode ajudar?

 

”O jovem sofre muitas influências e pressões num momento de vida ainda muito tumultuado em termos de desenvolvimento emocional. E hoje em dia há muitos e diferenciados tipos de cursos trazendo infinitas opções, dificultando a escolha. A busca pelo sucesso financeiro ainda é um quesito de peso na hora da escolha. A maioria dos jovens não se aprofunda em se conhecer melhor para atrelar missão, paixão com satisfação no trabalho, gerando sucesso como consequência, não como meta. Estudos recentes revelam que apenas 8% dos jovens no Brasil fazem Orientação ou Coaching Vocacional e segundo o Ministério da Educação a taxa de evasão das universidades está em 49%, o que mostra que muitos jovens estão fazendo escolhas erradas, precipitadas, estão investindo errado e se frustrando. O Coaching Vocacional é uma metodologia moderna, que oferece um processo rápido para aprendizagens e mudanças efetivas desejadas pelo cliente. No Coaching o jovem passa pelo autoconhecimento, reconhecendo seus talentos, habilidades, valores e crenças, por uma análise de cenário, de modo a investigar mais afundo as profissões de interesse e que estejam de acordo com a sua missão e, finalmente, encerramos com um plano de ação para efetivar seus objetivos. O jovem sai mais seguro, consciente da sua escolha e engajado para entrar num curso com propósito de vida.”
Como é o curso de Coaching Vocacional? Como você trabalha com a pessoa?
”O Coaching Vocacional é um processo de desenvolvimento com começo, meio e fim. São cerca de 8 sessões de 1 hora cada, com encontros semanais (tempo total de 2 meses). O Coach trabalha com a pessoa fazendo perguntas ditas “poderosas” e que encaminham para uma ação. Ou seja, ao mesmo tempo que ela é estimulada a refletir, ela é levada a pensar em respostas de ação. É um processo ativo que leva a pessoa a ter autonomia e seguir a sua vida depois do Coaching com um modo de pensar e resolver seus problemas diferente. São técnicas que vem da neurolinguística, da psicologia, etc. Outras ferramentas também são utilizadas, como os testes e exercícios. As sessões podem ser individuais ou em grupo de 4.
É interessante contar que eu mesma fiz Orientação Vocacional aos 17 anos e se hoje sou feliz com o que faço, com o retorno financeiro com o qual me satisfaço é porque eu sei da minha missão, das minhas capacidades, daquilo que me traz alegria, que me deixa engajada, que me traz sentido de vida. E devo muito a este processo de Orientação que fiz na época. Eu sempre consegui atrelar paixão com trabalho e fui muito feliz nas minhas caminhadas. O sucesso foi sempre consequência!”
Você acha que o ensino no Brasil, contribui um pouco com essa enorme dúvida que bate na cabeça dos jovens em relação a decidir o que fazer da vida?
”Eu acho que as escolas, e vamos falar da realidade do Brasil, sobretudo as particulares, estão muito preocupadas em fazer o aluno a passar no vestibular já no 3º ano, pressionando-o a esta conquista, sem oferecer, estimular ou indicar processos intensos de amadurecimento emocional sobre esta escolha. Os jovens ficam tão pressionados em achar que precisam passar no vestibular de qualquer jeito (e a família também tem papel nesta pressão em alguns casos) que optam por cursos e faculdades mais fáceis de passar ou aceitam a 2ª opção, caso não passem na 1ª logo no primeiro vestibular.”
Você é a favor desta reforma do ensino médio? Acha que ela abrirá mais a cabeça do jovem?
”A Reforma do Ensino Médio vem tentar trazer um ajuste nesta caminhada do jovem para fazer pequenas escolhas no decorrer na sua jornada escolar. Mas eu não acredito que esta seja uma solução sozinha para o modelo que estava vigente. A escolha de uma carreira, de uma profissão necessita de suporte emocional, de trabalhos com equipe multidisciplinar, de psicólogos, Coaching, mentoria, etc. Não é só ajustar disciplinas e fazer o jovem escolher sozinho, o que mudará a sua vida, tendo 15, 16, 17 anos de idade.”
Rachel, para aqueles que tiverem interesse em realizar o curso com você, como devem fazer?
”Devem me ligar no (35) 9 9846-3342 ou me mandar mensagem via pagina do Facebook. Se quiserem fazer em grupo o preço é mais em conta, basta juntar 4 amigos e entrar em contato.”
O seu trabalho é muito importante para os jovens de hoje em dia. De onde surgiu o seu interesse por essa profissão?
”Quando voltei do Japão fiquei pensando numa área em que eu pudesse empreender aqui na cidade. Eu já tinha formação, experiência e maturidade para isso. Convivi com muitos jovens no ano passado que estavam passando por esse processo de escolha, angustiados e solitários nas suas dúvidas. Notei que as oportunidades de apoio para eles eram pequenas na região. Foi aí que surgiu a ideia: eu tinha o conhecimento, as ferramentas e o desejo de ajudá-los. Então, foquei neles e comecei a fazer Coaching na esperança de encontrar adultos felizes no futuro!”
Rachel, muito obrigado pela conversa, com certeza muitos jovens, assim como eu, estão passando por essa fase de dúvidas sobre a carreira profissional. O espaço agora é todo seu! Deixe uma mensagem ao nosso leitor!
”Eu realmente acredito e espero que os jovens façam escolhas mais assertivas sobre o futuro. Não gostaria que famílias e jovens se preocupassem com economia nesta hora, porque, na verdade, é um investimento que previne gastos errados no futuro. Por isso estamos à disposição para oferecer o serviço adequando às necessidades. Espero, sobretudo para a cidade de Ouro Fino, que os jovens se engajem em profissões que eles realmente gostem e voltem para a cidade, no futuro, trazendo inovações ajudando-nos a crescer como município.”
 

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