“Não há motivos para pânico”, diz secretária municipal de saúde, Vânia Rodrigues, sobre o Coronavírus

0
Coronavírus
Coronavírus.
Co-Working em Ouro Fino

O coronavírus se tornou um dos assuntos mais comentados e temidos no mundo todo atualmente. Descoberto no dia 31 de dezembro de 2019, após ser diagnosticado em várias pessoas na China, o novo coronavírus é da família de vírus que causam infecções respiratórias, semelhante ao Influenza, já bastante conhecido por todos.  

No Brasil, já existem 531 casos suspeitos e três confirmados, todos em São Paulo. Já no Estado de Minas Gerais, até o momento, estão sendo investigados 58 casos suspeitos do novo coronavírus. Até então, não temos nenhuma pessoa infectada com o vírus em solo mineiro.  

Em Ouro Fino, o vírus ainda não se tornou um assunto que espante a população. Apesar de três casos suspeitos estarem sendo tratados em Pouso Alegre, no Hospital das Clínicas Samuel Libânio. Entretanto, é sempre bom ficar em alerta e atento aos sintomas do novo coronavírus e como se prevenir da doença.

Assine o Observatório de Ouro Fino

O Observatório de Ouro Fino conversou com a Dra. Vânia Rodrigues, Secretaria Municipal de Saúde, sobre o novo coronavírus. De acordo com ela, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde já divulgaram os protocolos de atendimentos em casos suspeitos. Portanto, caso haja algum caso na cidade, os profissionais de saúde estão preparados para atuar.

Além disso, Dra. Vânia ressaltou que os casos de transferências para Pouso Alegre, que se tornou referência regional para casos suspeitos do vírus, são aqueles com sintomas e que necessitam de atenção.  

No entanto, o coronavírus não é a maior preocupação. De acordo com a Dra. Vânia Rodrigues, a maior preocupação do município é com a dengue e com o vírus H1N1. Devido a isso, a campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada pelo Ministério da Saúde. “Não há motivos para pânico, são poucos casos confirmados no Brasil (três até o momento). O que precisa é que a população não se esqueça dos cuidados básicos: lavar as mãos ou usar álcool em gel, respeitar a etiqueta da tosse e evitar lugares aglomerados”, completou a Secretária Municipal de Saúde.  

O que é o novo coronavírus?

É um novo vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus, com casos recentemente registrados na China. Importante saber que os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.

Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

Como o novo coronavírus é transmitido?

As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.

Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.

Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • gotículas de saliva;
  • espirro;
  • tosse;
  • catarro;
  • contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e, portanto, o risco de maior circulação mundial é menor.

O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

Como é feito o diagnóstico do novo coronavírus?

O diagnóstico do novo coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus. As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do novo coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar). IMPORTANTE: Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Como é feito o tratamento do novo coronavírus?

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do novo coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:

  • Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).
  • Uso de humidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Quais são os sintomas do novo coronavírus?

Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.

Os principais são sintomas são:

Febre.
Tosse.
Dificuldade para respirar.

Como prevenir o novo coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:

  • evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  • realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
  • utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • manter os ambientes bem ventilados;
  • evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  • evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Qual a diferença entre gripe e o novo coronavírus?

No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus em comparação com os demais vírus. Por isso, é importante ficar atento às áreas de transmissão local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para Wuhan são suspeitos da infecção pelo coronavírus.

AnteriorAcordo entre Prefeitura e Dynalf previa cerca de 100 empregos em 2019, mas até agora nenhuma vaga foi aberta
PróximoSindicato dos Trabalhadores Rurais de Ouro Fino publica edital de convocação para eleições