Descomplicando a Informática | A era dos analfabytes

0
Analfabytes (reprodução/google)
Co-Working em Ouro Fino

Vivemos atualmente uma era em que finalmente os computadores tornaram-se acessíveis a grande massa populacional, até equipamentos que antes eram objeto de sonho para alguns, hoje são realidade entre a maioria dos usuários de informática mundo a fora, sobretudo em países emergentes como o Brasil, como os notebooks e mais recentemente como o surgimento dos computadores All in One (tudo em um), ou seja, aqueles que possuem todos os componentes integrados ao monitor de vídeo sem a necessidade de um gabinete, está a nomenclatura correta, popular CPU para os “analfabytes”, nomenclatura errônea, pois o CPU (Central Processing Unit), em português Unidade Central de Processamento, refere-se apenas ao processador do computador, este tido como o cérebro do mesmo.

De volta a questão dos “analfabytes”, ou seja, esta geração de usuários da informática em sua maioria com conhecimento parcial ou básico, porém falho, esta geração começou a surgir devido as facilidades econômicas que permitiram que os computadores se tornassem acessíveis, o que foi algo maravilhoso. Tais fatos começaram em meados de 2006 quando boa parte da população já começava a adquirir seus computadores pessoais. Porque classificar esta geração atual como “analfabytes? A resposta é simples. Todos que nasceram até o início da década de 1990, sabem que era muito difícil possuir um computador em casa, devido aos altos preços e poder aquisitivo limitado da maioria das famílias, somente quem realmente possuía melhores condições de vida conseguia possuir seu computador pessoal. Portanto, os computadores eram desejos de consumo, sonho para alguns. Internet até então em seu início, era outro recurso inacessível devido aos altos custos do pulso telefônico, já que a mesma era apenas via linha telefônica. Então, aí está a chave, pois devido à dificuldade de aquisição de um computador, as pessoas faziam cursos de informática, ao mínimo, o curso básico completo, e então ao adquirir seu equipamento ou adentrar ao mercado de trabalho já estavam aptos a operar de fato um computador. Já hoje em dia, os cursos de informática básica em sua maioria acabaram extintos devido a quase nula procura, enquanto as pessoas em sua grande maioria, não possuem conhecimento sequer para criar um documento de texto mais elaborado ou uma apresentação de slides qualificada, uma planilha de dados organizada entre outras funções básicas. Porém, estas dominam perfeitamente a arte de ligar o computador e navegar pela internet e redes sociais. Em sua maioria se perguntadas ao menos qual navegador de internet utilizam, as mesmas sequer sabem responder.

Conclusão, a geração dos “analfabytes” com a facilidade de acesso aos computadores, acabou descartando a possibilidade de cursar informática básica de maneira que podem aprender simplesmente na prática do dia a dia, sendo que a grande maioria utiliza apenas internet e redes sociais. Porém, quando necessitam utilizar um editor de textos, planilhas eletrônicas ou demais recursos básicos, desconhecem 95% dos recursos destes softwares e ao adentrarem ao mercado de trabalho acabam enfrentando dificuldades ao lidarem com tais tarefas rotineiras.

Assine o Observatório de Ouro Fino

Rodrigo Alvarenga

*As informações e opiniões expressas nessa coluna são de total responsabilidade de seu autor.

AnteriorConfira algumas fotos do quarto dia de carnaval em Ouro Fino
PróximoBeabá da Nutrição | Ponto de Vista