Associação dos Proprietários do Pavilhão das Malhas se uniram para transformar o local no mais novo ponto turístico e atrativo da cidade de Ouro Fino.
Após o Pavilhão das Malhas ser interditado pelo Ministério Público devido ao péssimo estado de conservação do telhado do imóvel, havendo sério risco de desmoronamento, a associação entrou em consenso para regularizar a situação jurídica.
Houve muitas conversas em torno de um comum acordo de interesses dos associados, com intuito de preservar o imóvel que é tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal e dar uma revitalizada no imóvel, decidiram contratar a arquiteta e urbanista Bárbara Cividati.
Em reportagem publicada pelo Jornal Gazeta de Ouro Fino em sua última edição, Barbara afirmou que:
“A proposta é pôr em prática um projeto belíssimo de requalificação do espaço, que proporcione à população novas atividades de uso, e com isso adeque o edifício para que se torne economicamente sustentável e adaptado às necessidades e exigências dos tempos atuais”.
O prédio foi construído entre os séculos XlX e XX, em uma área total de 1.200 metros quadrados, todas as alterações realizadas anteriormente, principalmente a realizada em 1991, descaracterizaram arquitetonicamente a ideia da estação férrea, que acabou se perdendo quando se transformou em Pavilhão das Malhas. disse Bárbara
Depois de fazer uma pesquisa, Barbara percebeu que houve inúmeras modificações sofridas e diversos materiais de épocas diferentes foram utilizados nas obras de ampliação durante vários anos.
O edifício ficou abandonado em 1986, quando os trens pararam de circular até o ano de 1991, quando o Prefeito Silvio Miranda deu uma nova utilidade ao imóvel, transformando em um ponto de venda de malhas, houve uma reforma que mexeu drasticamente com as características do edifício. Apesar da boa intenção do chefe do executivo, a memória da estação foi apagada. Nossa luta agora é resgatar a memória perdida em torno da antiga estação ferroviária.
Bárbara lembrou que todo esse projeto, só poderá sair do papel com a aprovação do Ministério Público e o comprometimento dos atuais proprietários em levar o projeto ao pé da letra, seguindo tudo o que foi acordado com um novo TAC (Termo de ajuste de conduta).
Segundo a arquiteta, as novas intervenções propostas no projeto serão feitas com o propósito de demonstrar claramente as diferentes épocas das construções e intervenções de modo sempre a valorizar a ideia e o conceito da antiga estação ferroviária.
De acordo com o projeto, a área central receberá um novo edifício com estrutura metálica e de vidro. Como referência ao antigo armazém da estação, a ideia será de preservar os portões de madeira originais da época e também parte dos tijolos que seguem o mesmo conceito do edifício original.
Bárbara Cividati aponta que o edifício que substituirá a atual lanchonete segue a mesma linguagem estrutural do edifício central, também com estrutura metálica e de vidro. Dessa forma explicou a arquiteta, será criado um equilíbrio entre as edificações do espaço, com suas construções do século XX e dois edifícios do século XXl.
“Se tudo correr como o planejado, esperamos que até meados de 2023, a cidade de Ouro Fino contará com este novo espaço, totalmente revitalizado e pronto para atrair turistas e ao mesmo tempo ourofinenses, em uma localidade de fundamental importância para o Município”, concluiu a arquiteta e urbanista para a Gazeta de Ouro Fino.
Segue abaixo as fotos do projeto de revitalização do Pavilhão das Malhas.
