A inflação divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, fechou o mês de setembro em 1,16%, o maior valor para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. Com isso, pela primeira vez em cinco anos, o país voltou a ter uma inflação acumulada em 12 meses na casa dos dois dígitos, ficando em 10,25%.
A volta de uma inflação tem consequências diretas não só para o bolso dos mineiros, mas também nas perspectivas para o emprego, renda, crédito e principalmente na alimentação.
Cesta Básica no Sul de Minas
O valor da cesta básica apresentou alta de 9,97% neste mês de outubro no Sul de Minas em comparação com setembro. Este é o maior aumento neste ano de 2021.
Em 12 meses, de outubro de 2020 a outubro de 2021, a cesta básica apresentou alta de 30,08%. No acumulado deste ano de 2021, entre janeiro e outubro, a elevação é de 10,41%. A pesquisa coleta os preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da região, tendo como base a metodologia adotada nacionalmente pelo DIEESE.
A pesquisa verificou que neste mês de outubro o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na região é de R$560,63, correspondendo a 55,10% do salário mínimo líquido.
Comparando os preços de outubro com o mês de Setembro, nota-se que, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisadas, 10 tiveram alta nos preços médios: tomate, batata, carne bovina, banana, açúcar refinado, óleo de soja, pão francês, café em pó, leite integral e manteiga.
Em termos práticos, inflação e cesta básica alta nada mais é do que perda do valor do dinheiro. E o efeito imediato da disparada dos preços é o empobrecimento da população e encolhimento da renda obtida.