A falta d’água vem causando problemas e protestos de boa parte da população ouro-finense. Nas redes sociais diariamente cidadãos reclamam que suas casas ficam desabastecidas até um horário muito superior às 16h, que foi estabelecido pelo DMAAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) para a volta do fornecimento.
Em entrevista concedida à repóter Gabrièlle de Faria, do departamento de jornalismo da Rádio Difusora Ouro Fino, o diretor do DMAAE, Neto Mira explicou o motivo de algumas localidades da cidade estarem apresentando falta de água em certos horários.
Segundo o Mira o principal problema, além da baixa captação devido a estiagem, é modo como a cidade cresceu e consequentemente a maneira como a rede de distribuição de água foi construída, a partir da região central para os bairros mais periféricos. Devido a isso, explica o diretor, a água primeiro chegará as localidades centrais, levando mais tempo para que alcance as extremidades do perímetro urbano. Portanto, embora o racionamento seja feito entre 8h e 16h, é provável que nos bairros mais afastados a população só tenha acesso muito mais tarde. Com o passar dos dias sem chuvas intensas a situação fica cada vez mais grave, pois os reservatórios do DMAAE não se recuperam do consumo do dia anterior. Neto Mira também atribui parte do problema ao desperdício de alguns consumidores, “as vezes a pessoa pensa ‘estou no meu horário de consumo, vou encher piscina, vou lavar a rua’”, de acordo com ele o que alguns gastam além da conta acaba faltando para outros.
Ainda segundo disse na entrevista, por hora não há o que ser feito, os planos para o futuro é diversificar a captação investindo em poços artesianos e na finalização da construção da barragem do bairro Gargatá. Além disso implantar medidas de conscientização ambiental com plantio de árvores em topos de morros, próximos as nascentes, o que aumentaria a produção de água.
