Após 24h do ocorrido, o fiscal da prefeitura de Ouro Fino, Luiz Américo, se pronunciou pela primeira vez sobre o caso envolvendo o vendedor ambulante de goiabas, que teve sua mercadoria apreendida por não ter permissão para comercializar produtos na cidade.
Luiz Américo inicia seu texto agradecendo o apoio que recebeu nas últimas 24h. “Estou postando essa declaração por consideração aos que estão expondo sua pessoa ao defender minha posição e também aos que me criticam, infelizmente não há como citar o nome de todos. Agradeço à solidariedade que muito me estimula, mas também às críticas que me ajudam a melhorar como pessoa”, escreveu o fiscal.
Logo após, Luiz Américo descreve o que realmente aconteceu nos últimos dois dias. “Ontem efetuei um ato que julguei necessário dadas as circunstâncias. A pessoa que teve a mercadoria apreendida já havia sido notificada no dia anterior e permaneceu no mesmo lugar, lado a lado com outros vendedores de fruta, que são produtores da cidade, que têm seu alvará devidamente em dia e que mesmo assim me consultam sobre o local em que podem vender, muito diferente do autuado que não procurou a prefeitura e permaneceu exatamente no mesmo local MESMO TENDO SIDO NOTIFICADO NO DIA ANTERIOR , totalmente indiferente à fiscalização. Tomei essa decisão enérgica POIS A POLÍCIA, QUE SEMPRE ME APOIA DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL, estava empenhada em uma tarefa prioritária e algo precisava ser feito. Estou totalmente tranquilo quanto à minha ação e atitude”, disse.
Ao final do texto, Luiz Américo relata que tem outros vendedores ambulantes como testemunha de sua boa conduta na profissão. “No mais, se alguém quiser saber como trato os vendedores ambulante que vêm de fora, QUESTIONEM AOS PRÓPRIOS VENDEDORES QUE VÊM DE FORA, ELES SÃO MINHAS TESTEMUNHAS , sempre retornam ao município, alguns há mais de 10 anos, MESMO OS QUE TIVERAM SUA MERCADORIA APREENDIDA. Aliás, o fato de teimarem em continuar vendendo se dá ao fato de tratá-los com a máxima educação, por isso acabam por pensar que não tomarei uma atitude mais severa. É até comum abordá-los duas ou três vezes ante de apreender seu material, isso quando estou exclusivamente dedicado a fiscalizar apenas a venda ambulante, o que é quase impossível acontecer, pois em minha rotina diária tenho que realizar o trabalho passado pelo meu departamento, averiguar denúncias e mais o trabalho rotineiro de fiscalização. Minha tarefa é fiscalizar comércio, indústria, prestadores de serviço, comércio ambulante, outras normas do Código de Postura, terrenos baldios e outra tarefas extras. Agradeço à todos pela atenção”.