O IV Seminário de Economia da Cultura realizado entre os dias 12 e 14 de junho, na cidade de Ouro Fino-MG, foi um marco na cena cultural e artística do município. Centenas de pessoas, entre empreendedores, artistas, estudantes, representantes do poder público e instituições sociais participaram das atividades do evento, que teve como foco de discussão: “O futuro, o emprego e a cultura”.
Organizado pela Balaio do Cerrado Produtora, patrocinado pela empresa TS Trim Brasil S/A e apoiado pela prefeitura de Ouro Fino e a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária da cidade – ACIA, o Seminário reuniu personalidades e profissionais renomados que debateram sobre o papel da cultura num momento em que o emprego da forma atual está ameaçado de extinção pela mudança na natureza do trabalho, pela implantação de novas tecnologias, de novas fontes de energias e mudança na forma de ocupação do solo.
“Foram momentos de exposições muito importantes que levaram o público a refletir como a cultura poderá ajudar a absorver os impactos dessas mudanças drásticas que ameaçam o emprego. Todos entenderam que a cultura pode contribuir para um modelo de desenvolvimento mais sustentável e eficiente, gerando ocupação e de renda”, avalia o idealizador do evento, Rubem dos Reis.
Criação do Comitê de Economia Criativa
Um dos pontos relevantes do Seminário foi o lançamento de um Comitê de Acompanhamento da Economia da Cultura e Criativa em Ouro Fino, cujos desdobramentos se darão a partir de agora.
A primeira reunião foi realizada na primeira semana após o evento e o próximo encontro para a oficialização do grupo está agendada para a próxima quinta-feira (27/06), na ACIA, segundo informou o diretor municipal de Cultura de Educação, Cultura, Esportes e Lazer de Ouro Fino, Takahico Hashimoto.
O diretor avalia que o evento teve um impacto altamente positivo para a cidade. “O Seminário veio consolidar o conceito de economia da cultura, que antes era vago. Serviu para despertar nas pessoas que existem diversas oportunidades ligadas à área e que merecem ser exploradas. Como consequência surgiu a possibilidade de criarmos esse comitê, com o objetivo de reunir pessoas ligadas à economia e a à cultura focadas em pesquisar oportunidades de forma que possamos em curto e médio prazo nos mobilizar para tentar buscar novos objetivos para fomentar a economia da cultura na região”, afirma Takahico Hashimoto.
O presidente da ACIA, Paulo Afonso Pereira, também está entusiasmado com o despertar da economia criativa. “Ouro Fino é um centro de uma microrregião formada por cidades pequenas. O nosso comércio é referência e agora, com o foco na economia da cultura, nós enxergamos outra possibilidade de nos fortalecer economicamente. O primeiro passo demos com a realização do Seminário e agora com a formação do Comitê de Acompanhamento da Economia da Cultura e Criativa do município. A ACIA continuará grande parceira desse movimento”, comenta.
O gerente de recursos humanos da TS Trim Brasil S/A, Humberto Rocha, foi um dos expositores do Seminário e avalia que o evento foi de alto nível e superou as expectativas. “A nossa missão agora é fortalecer o comitê e apoiar os encontros para a discussão desta agenda tão importante para a nossa cidade”, ressalta.
Evento atraiu a região
O IV Seminário de Economia da Cultura ultrapassou as fronteiras de Ouro Fino. O evento recebeu inscritos de cidades como Jacutinga-MG, Borda da Mata-MG, entre outras.
A atriz, diretora de teatro, psicopedagoga e dramaturga, Regina Andrade, foi uma das participantes da cidade de Jacutinga. Ela conta que fez questão de participar do evento pelo conteúdo que foi proposto e se surpreendeu com os ricos debates, exposições, palestras e apresentações. “Valeu muito a pena participar. O evento foi transformador, principalmente para nós que somos de cidade pequena, onde o trabalho voltado para a cultura necessita de uma mudança de paradigma e de pensamento. O evento foi muito rico. Aprendi muito e por isso agradeço pela oportunidade. Atualmente, o mundo caminha para uma visão sistêmica, e a cultura e a arte são a base, elas estão impermeando tudo, por isso as pessoas precisam sair da zona de conforto. O empresário, por exemplo, tem que ser um artista, pois se assim não for, ele não conseguirá ultrapassar os muros da transformação. Parabéns aos organizadores. Foi maravilhoso”, declara.
O evento foi muito rico. Aprendi muito e por isso agradeço pela oportunidade. Atualmente, o mundo caminha para uma visão sistêmica, e a cultura e a arte são a base, elas estão impermeando tudo, por isso as pessoas precisam sair da zona de conforto. O empresário, por exemplo, tem que ser um artista, pois se assim não for, ele não conseguirá ultrapassar os muros da transformação. Parabéns aos organizadores. Foi maravilhoso”, declara.
Histórico
A Semana da Cultura Popular aconteceu pela primeira vez em 2001 e de lá para cá já foram realizadas edições sempre em Uberlândia-MG com incentivo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. No ano de 2009, o Seminário de Economia da Cultura passou a integrar o projeto. Comprovadamente, desdobramentos importantes aconteceram e proporcionaram desenvolvimento econômico e artístico após a realização de cada edição.
A partir do momento em que a TS Trim, multinacional japonesa do ramo automotivo, passou a patrocinar o projeto, que é promovido pela Balaio do Cerrado Produtora, as atividades foram estendidas para a cidade de Ouro Fino-MG que já foi beneficiada com a primeira etapa da XI Semana da Cultura Popular, no ano passado, quando aconteceu nas escadarias da Igreja Matriz daquela cidade o ‘Grande Coral Vozes Cantam a Paz.
Portanto, a primeira etapa do projeto XI Semana da Cultura Popular foi o ‘Grande Coral Vozes Cantam a Paz, em Uberlândia-MG e Ouro Fino-MG, no ano passado, e agora a segunda etapa contemplou a realização do IV Seminário de Economia da Cultura, também nas duas cidades mineiras.
Via Assessoria de Imprensa.