O mês de janeiro é marcado pela busca de atenção para a importância do tema da saúde mental. A campanha foi criada em 2014e o primeiro mês do ano foi escolhido por ser nele que as pessoas costumam traçar metas para todo o ano. A ideia nasceu aqui em Minas Gerais, criada por psicólogos da cidade de Uberlândia.
Aqui em Ouro Fino o assistente social Rogério da Silva que é e referência em saúde mental do departamento de saúde da Prefeitura de Ouro Fino explica que a saúde mental é tratada hoje de forma muito diferente do que era no passado. Até 2001, quando foi promulgada a Lei 10.216, o tratamento se restringia, na maioria das vezes em internações, onde o paciente passava o resto da vida isolado da sociedade e da família. Após esta lei e a luta antimanicomial uma verdadeira revolução no campo da saúde mental se instalou no Brasil e atualmente o tratamento é humanizado, com os pacientes sendo mantidos em contato com familiares, mantendo uma vida normal, trabalhando, estudando, enfim, vivendo como qualquer outro cidadão.
Rogério enfatiza, ainda que é mesmo com esta mudança ainda existe preconceito com este ramo da área da saúde, mas é importante que esta barreira seja vencida, para que as pessoas, primeiro tenham consciência de que igual qualquer problema, os ligados à saúde mental podem ser prevenidos, ou se já existentes, se detectados no início tem tratamento mais simples com menores consequência.
Outro ponto que o assistente social chama atenção é da importância de não menosprezar eventuais problemas mentais “é comum pessoas dizerem para alguém que tem depressão simplesmente reagir, ou que tem ansiedade para se acalmar, mas não funciona assim” – diz Rogério da Silva. Ele também explica que a família do paciente é fundamental para o tratamento, especialmente no auxílio na administração dos eventuais medicamentos receitados, e na assiduidade dos acompanhamentos psicológicos entre outros.
Aqui em Ouro Fino os tratamentos de saúde mental são tratados por uma equipe, que trabalha em conjunto com todo o grupo da Diretoria de saúde, junto as ESFs (Estratégias de Saúde da Família), junto com o Ambulatório de Saúde Mental, localizado ao final da Avenida Delfim Moreira (em baixo do “Pontilhão”). “O trabalho é compartilhado, numa rede de atenção psicossocial”, conta Rogério. Uma notícia boa que assistente social trás é a que a Prefeitura de Ouro Fino está estudando a Instalação de um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que uma unidade com objetivo específico de atender casos mais severos ligados à saúde mental. Isto seria uma grande evolução no setor, visto que nem em Ouro Fino nem nas cidades vizinhas existe um serviço como este.
Rogério finaliza afirmando que é importante haver um mês de conscientização como o Janeiro Branco, mas o trabalho transcorre durante todo o ano, visto que a área requer cuidados frequentes.