Aconteceu na noite desta terça-feira (2), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma palestra sobre o tema e sobre uma ONG, a AMA Ouro Fino, que está sendo organizada para tratar de crianças deste espectro. O evento foi na Câmara Municipal e contou com a participação de pais, mães, familiares de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A palestrante principal foi Anália Maria Ramalho Volk, mãe de um adolescente autista, que a partir do diagnóstico do filho, ocorrido há um cerca de ano e meio, começou a se informar sobre os tratamentos do TEA, especialmente a terapia ABA, para poder auxiliar o filho e outras crianças. Ela abordou diversos aspectos do autismo, e vídeos foram exibidos para complementar as informações.
Para ela o objetivo destacado da palestra foi sensibilizar a população sobre o assunto “com mais informação acaba diminuindo a discriminação e o preconceito, para que essas crianças possam ser inclusas na sociedade. É preciso saber que essas crianças são diferentes, elas vêm sentem e entendem o mundo de forma e de intensidade diferente” – explica Anália.
A palestrante completa “não podemos esperar que estas crianças tenham um resultado igual a de uma criança típica. A criança com autismo terá tempo dela, pode mais rápida ou pode demorar mais, mas ela precisa de um apoio, precisa de equidade”.
ONG AMA Ouro Fino
Sobre a ONG que está sendo projetada, para fornecer tratamento para autistas e apoio às famílias, Anália explica tem o apoio do Ministério Público, e que, a ideia agora é constituir uma mesa diretora e começar fazer a ideia sair do papel. Enquanto isso quem quiser ajudar, deve entrar em contato pelo Instagram dela: @volkanalia (ou clique aqui).
“Eu quero aproveitar que esse espaço convidar pessoas gostam de trabalho voluntário, de desenvolver ajuda ao próximo, de trabalhar com crianças e adolescentes, psicólogos, psicopedagoga, pedagogas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, terapeuta que trabalha com ABA, estão convidadas a participar.”
Apoio do Poder Público
Outro objetivo, tanto da palestra desta terça (2) quanto da ONG é sensibilizar o Poder Público para que mais investimentos sejam feitos na área da saúde dos autistas e para “o apoio e atendimento para as crianças na sala de aula, que tem que ser pessoas especializadas em educação inclusiva, em autismo, que a vai estar lá para fornecer apoio necessário ferramentas para criança desenvolver aprender a ter uma educação de qualidade porque está no Estatuto da Criança e do Adolescente” diz Anália
Segundo Anália, que participou de um congresso mundial sobre autismo, atualmente uma em cada 33 crianças está é portadora do TEA. “Por esta estatística podemos concluir que em 20, 25 anos, estas crianças serão adultas, logo este apoio é fundamental hoje, para garantir o futuro”. Ela também diz que “a ONG vai procurar a aplicação das leis que já existem e buscar novas leis para nos apoiar nesta causa”.