Professores da Rede Estadual fazem protesto em Ouro Fino

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Passeata Professores Ouro Fino
Professores em passeata na 13 de Maio. Imagem - Luis Guilherme Burza
Co-Working em Ouro Fino

Os professores de Minas Gerais estão em greve reivindicando o piso salarial estabelecido em R$ 3.845,63 . Nesta segunda-feira(21) houve uma passeata da classe em Ouro Fino. Em sua maioria vestidos de preto, os manifestantes traziam apitos, muitos deles portavam cartazes com dizeres contra o governador Romeu Zema. De acordo com os organizadores cerca de 70 pessoas seguiram pela rua 13 de maio, depois subiram a Senador Júlio Brandão até a Rua Coronel Paiva terminando na Escola Estadual Coronel Paiva.

Segundo o professor Cesar Bonamichi, que lidera o movimento grevista em Ouro Fino, a luta não é por aumento de salário, mas sim pelo cumprimento da lei do piso salarial. Este direito “os professores tem desde 2018, está na Constituição Ferderal, está na Constituição Mineira, é lei, o dinheiro não sai dos cofres públicos sai do Fundeb que é o fundo para pagar os professores e que muitas vezes é usado para para outras coisas” explicou Bonamichi.

Professor César Bomamichi, líder dos professores em Ouro Fino. Imagem – Luis Guilherme Burza.

A frente da manifestação a professora Daniele Maria de Oliveira falava palavras de ordem em um megafone, ao tradicional estilo das protestos de trabalhadores por melhores salários ou condições de trabalho. Ela que veio de São Paulo e chegou há cerca de um ano em Ouro Fino, estranhou por exemplos que que aqui não haja o auxílio alimentação ao professores. A justificativa é que em nossa região os docentes se alimentam na própria escola, mas Daniele questiona que durante a pandemia “fora dois anos sem ir para a escola, cadê a alimentação?”

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Professora Daniele Maria de Oliveira. Imagem – Luis Guilherme Burza.

Quem também acompanhou o protesto em apoio aos professores foi a vereadora Vania Aparecida Vieira Couto (PSL). Ex-líder da governo municipal na Câmara Municipal de Ouro Fino, ela declarou que “se não existires os professores não existirá nenhum tipo de profissão”, ela ainda afirmou que mesmo não sendo professora, apoia o movimento, pois o considera justo. Ao ser questionada sobre o fato de ter sido lider do governo municipal que é alinhado ao governo estadual, a vereadora afirmou que mesmo que ainda exercesse a liderança (do prefeito Henrique) ela estaria na manifestação da mesma forma, pois o papel do político que fazer a diferença.

Vereadora Vânia Aparecida Vieira Couro. Imagem – Luis Guilherme Burza.

De acordo com o professor Cesar Bonamichi o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) irá se reunir na tarde desta segunda-feira (21) com o governo e que se houver acordo a greve pode acabar na próxima quarta-feira (23), mas que se não houver a greve continua, pois a proposta feita inicialmente, de 10% de reajuste “é inaceitável, desde 2018 sem aumento, e só 10%, sendo que a inflação ano passado foi 10,6%, então não a gente não está ganhando nada, mas se vier uma proposta boa o sindicato irá se reunir em assembleia e decidirá pelo manutenção ou fim da greve” explicou César Bonamichi.

Cartazes dos manifestantes reivindicavam o piso salarial e protestavam contra o governador Romeu Zema. Imagem – Luis Guilherme Burza

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