Entrevista com o deputado federal Vilson da Fetaemg (PSB-MG)

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Luis Guilherme Burza e Depurado Federal Vilson da Fetaemg (PSB-MG). (Imagem: Jimmy)
Co-Working em Ouro Fino

Esteve em Ouro Fino, nesta segunda-feira (06) o deputado federal Vilson Luiz da Silva (PSB-MG) conhecido como Vilson da Fetaemg, que entregou uma viatura, uma Renault Duster a 81ª Cia de Polícia Militar. O veículo será utilizado no policiamento do município.

Aristides Lopes, pres. do Sind. dos Trab. Rurais de O. Fino, Dep. Fed. Vilson da Fataemg (PSB-MG), Sargento Xavier e Tenente Élcio, Comandante da 81 Cia PMMG. (imagem: Luís Guilherme Burza)

Em seu mandato, além de militar pelos trabalhadores rurais, também é vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e terceiro vice-presidente da Comissão de Legislação Participativa.

Após a solenidade de entrega da viatura ao tenente Élcio Eremita de Oliveira, comandante da 81ª Cia PMMG o deputado concedeu uma entrevista ao repórter Luís Guilherme Burza:

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Luís Guilherme Burza: Deputado que que trouxe o senhor especificamente nessa data dia 6 de junho aqui em Ouro Fino?

Deputado Vilson Luiz da Silva o Vilson da Fetaemg: Hoje nós viemos entregar uma viatura aqui para reforçar a segurança pública de Ouro Fino, para nossa Polícia Militar de Minas Gerais. O nosso mandato não só trabalhando na nossa área da Agricultura Familiar, saúde, educação política pública e segurança também é uma política pública e nós tanto o cidadão do perímetro urbano como do rural precisa da Polícia Militar e a PMMG é referência para o Brasil, então viemos entregar aqui uma viatura uma Renault Duster para o destacamento de Ouro Fino para ajudar a reforçar a segurança pública.

Deputado além da entrega dessa viatura o senhor esteve reunido com correligionários do PSB (Partido Socialista Brasileiro) aqui de Ouro Fino e também com representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais aqui que também são pessoas aí da sua esfera de trabalho. O que que foi tratado nessa reunião?

Na verdade, eu conversei com lideranças, né? Porque o sindicato ele não apoia ele não pode apoiar ninguém porque ele não vota. Tanto é que nós reunimos depois de expediente Sindicato, não foi na sede sindicato, para não falarem que eu estou fazendo política lá dentro, vou deixar claro. Eu discutir a política do Brasil. Também, além da viatura, dizer o que o nosso mandato tem feito aqui para Ouro Fino, que nós liberamos aqui aproximadamente R$ 1 milhão 180 mil que foi essa viatura, uma máquina de beneficiar cereais, no caso o café, uma ponte no Rio Mogi vai lá no Bairro dos Peitudos, benefícios da saúde, falar com o Doutor Francisco [Maciel] que é vereador do nosso partido e falaram um pouquinho dessa das eleições desse ano, eu tenho uma preocupação muito grande que nós precisamos reforçar a democracia no Brasil, eu vejo hoje com o sistema que tá aí com esse governo aí ela tá sendo alvo atingido. Eu tenho muito medo, né uma coisa que nós não podemos perder é o direito de ir e vir. Votar ser votado, né? E isso faz parte da democracia de lutar por política pública por entidade que defenda uma categoria então essa tem sido da nossa premissa maior

Deputado, historicamente Ouro Fino, assim como algumas cidades aqui da região do Sul de Minas votaram contra o PT e o partido do Senhor indicou atual vice do Lula o ex-governador de São Paulo Geraldo Alkmin. Já que o PSB está aliado ao PT na esfera nacional, como o senhor consegue ver uma forma de reverter a tendência de cidades que historicamente rejeitam o PT?

Eu acho que isso se   a isso se dá pelo diálogo. Nós não temos que ir para um ringue da porrada em ninguém, seja quem é Bolsonaro quem é Lula, quem é Ciro ou outros já que nós temos muitos outros candidatos [a presidência] aí na majoritária. Então acho que a gente tem que ter esse res peito. Eu tenho dito o seguinte: olha eu sou um cidadão que luto um Brasil mais justo, humano e fraterno. E outra coisa, eu vejo que o governo atual ele tem sido muito benevolente para os milionários.

E a pobreza no Brasil aumentou, a fome aumentou, o desemprego aumentou, a miséria aumentou, a inflação aumentou, o preço dos combustíveis aumentou, então tudo tá subindo! Eu até faço uma brincadeira, é um governo do avanço que avançou nisso que eu estou colocando.  Então acho que tem de dialogar. Eu mesmo se eu quisesse colocar o meu nome ao governo de Minas ou a presidente da república eu tenho o direito constitucional, mas acho que não cabe nesse momento este debate. Eu tenho muitas críticas sim ao PT. Mas numa reunião que tivemos nacionalmente que tivemos o Alkmin disse “eu já fui rival do Lula, mas os nossos problemas pessoais, dele o meu, são muito menores do que o Brasil precisa”. Então acho que nós temos que nos unir nesse momento. O sol tem que ser para todo mundo. Eu não sou contra o rico ser rico, mas desde que ele faça coisa certa. Não sou contra o patrão, mas eu tenho lado, né? Eu acho que o Brasil não pode permitir certas coisas, foi aprovado, de minha autoria, uma audiência pública sobre trabalho escravo na Câmara pois está aumentando no Brasil. Isso dá para repensar e quando um produto nosso vai para fora lá fora principalmente na Europa, como que esse produto foi produzido teve trabalho escravo trabalha análogo à escravidão.

Eu acho que o debate esse ano é muito maior, é fortalecer a democracia estão aí as ideias do Bolsonaro e eu sei que tem muito tem trabalhador que apoia o Bolsonaro eu vou chegar nele bater nele a brigar com ele?

O meu candidato a presidente, do meu partido, era o Eduardo Campos, que morreu naquele acidente aéreo. Hoje nós estamos com o Alckmin que se filiou ao PSB, eu participei da solenidade de filiação dele, é um cidadão que eu tenho maior respeito. Claro que ninguém é 100%, ele erra também, porque nós somos humanos, e errar é humano, nós só não podemos permanecer no erro! Agora é uma pessoa que foi governador de São Paulo quatro vezes não é a qualquer cidadão, não é? Acredito que os paulistas são inteligentes, como os mineiros e pessoas de outros estados, então eu tenho certeza que o Alckmin vai contribuir muito nessa Chapa. porque muita gente fala assim “eu não Voto no PT, mas vou votar no Lula”, mas espera aí, para você votar no Lula, sempre tem que botar o 13, não é? Para votar no Alckmin hoje vai ter que voltar o 13, não é o 40. Então acho que nós não podemos criar essa polêmica, eu acho que nós temos que dialogar e que o eleitor ele decida.

Outra coisa, fazer uma campanha massiva para a pessoa não vote branco ou nulo para que o jovem vote, para que os idosos, mesmo que não são mais obrigados, que venham a votar, esse é o grande trabalho que eu vou fazer. Ninguém nunca me viu na Tribuna do Congresso metendo o pau no Bolsonaro, ele não é meu presidente, mas eu não estou lá batendo nele. Eu estou trabalhando, eu estou mostrando que o deputado Vilson da Fetaemg está fazendo, o que que ele pode fazer e qual é o projeto que ele tem não só pra minha área em todas as áreas.

Deputado a sua visita aqui em Ouro Fino, como foi dito no início da entrevista, foi motivada pela entrega de uma viatura Renault Duster ao destacamento da Polícia Militar. O senhor é um deputado que milita num partido de esquerda de esquerda, né?

Eu sou de centro-esquerda, porque hoje o radicalismo nem para um lado e pro outro não dá certo mais.

Sim, mas a segurança pública acabou sendo uma bandeira sendo identificada mais com o campo político da direita. Além dessa desse trabalho de entrega de viaturas, o que mais que o senhor vê como prioritário de ser feito, enquanto Deputado, enquanto política pública em nível Federal, na questão da Segurança Pública?

Eu vou até falar uma coisa talvez outros colegas. Deputado não fala eu acho que é questão da segurança, ela permeia por falta de política públicas, por falta de emprego. As vezes muito cidadão entra no mundo da criminalidade não porque ele queira, mas pela falta de opção. Porque se o cidadão tem uma casa para morar, tem uma escola, ele tem emprego, ele tem uma condição de vida, aí realmente se ele entrar no mundo da criminalidade, não tem outro nome é bandido.

Mais um cidadão que às vezes pela situação um país que hoje passa de 15 milhões chegando a 19 milhões de desemprego passando fome miséria, aqui em Ouro Fino pode não ter, mas Belo Horizonte, São Paulo, Rio, Brasília as capitais estão cheias de gente morando na rua, se lutei por tudo, eu perdi meu emprego, perdi minha casa, perdi tudo hoje eu estou na rua? É duro. Então eu coloco que só um carro para a Polícia Militar, seja de Minas ou de outro estado do Brasil não vai resolver a situação. As penitenciárias estão lotadas, os presídios estão lotados, por que o cidadão está naquela situação?

O meu partido sempre debateu que a gente precisa pensar na ciência, na tecnologia e na pesquisa, na geração de emprego, renda. O Brasil hoje está desempregando e o desemprego gera violência e gera também que muita gente sonhar em morar fora, morar em Portugal, na Espanha, aí estas pessoas dizem “ah porque no Brasil sou conta o socialismo”. Mas, uai, Portugal e Espanha são países socialistas. Então é incoerência, eu acho que o que tá errado é essa desinformação essa falta de informação que às vezes que coloca como socialista seja coisa do mal, não é! Socialismo é todo mundo bem com casa para morar, com carro, com uma universidade que todo mundo possa estudar e escolher uma profissão.

Então para mim a entrega de uma viatura é, eu diria assim é um resultado momentâneo, mas ele não resolve o problema da segurança, nós temos o ver que realmente precisa, aí permeia por tudo isso que eu acabei de falar.

Deputado o senhor é vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa no Congresso e Ouro Fino é uma cidade que tem muitos idosos o que que o Senhor tem a dizer para essa parcela da população e de quem mais tiver lendo esta entrevista?

Olha eu tenho muita preocupação, eu sou vice-presidente hoje eu já estou com 65 anos de idade, o Brasil está principalmente no meio Rural, O jovem não quer ficar mais na roça, é mais o idoso. nós estamos com uma pirâmide [etária] que tá com o corpo em cima a cabeça crescendo e as pernas tá afinando e tudo isso tem que resolver com política pública. O idoso quer carinho

Qual que é a política pública? Ah, mas ele já é aposentado! Mas quem não falou que não tem direito a lazer? E foi um embate que eu peguei muito forte, assim que o Bolsonaro tomou posse, ele queria acabar com o Cosseno Nacional do Idoso e eu fui para cima e hoje a nossa Comissão do Idoso, nós temos do meu partido tendo o PT tendo PSB, nós temos gente do partido do presidente. lá na nossa comissão é maior do que uma agremiação partidária ela é supra partidária. Porque hoje o problema do Brasil nós temos que ter política para os idosos.

E aí não é só o rural, não, olha a violência quando o idoso tá muito grande no Brasil. A violência não é só a porrada pancada o tapa. É a falta de atenção é ser jogado na casa como traste. então a gente precisa discutir mais. Inclusive agora foi aprovado o requerimento meu, vai ter uma audiência pública agora esse mês na Assembleia Legislativa que nós vamos debater política pública para os idosos, nós precisamos debater.

E eu luto por todas as áreas, o jovem, por que o jovem não quer não ficar na roça, meio rural? Ele não consegue ter uma internet, ele não consegue fazer um celular funcionar, falta uma escola decente, falta de um posto de saúde, faltam estradas, falta energia, falta um monte de coisa! Então o gestor público, seja ele o prefeito ou até o Presidente da República, tem que pensar uma gestão como todo, do Meio rural, de uma periferia, até uma grande cidade. Então o idoso é parte integrante desse processo. Até a renda que entra em Ouro Fino hoje, a transferência da Previdência Social, se tirar essa receita de qualquer cidade haverá um colapso na padaria, na farmácia, no mercado. Então a política pública para o idoso quem vai beneficiar é a cidade como todo.

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